Nada de novo na frente síria, mas vamos para lá. Assad consolida sua vitória na guerra civil de oito anos com seu método de trabalho: acelera o esmagamento da dissidência e da sociedade civil.

O New York Times é meticuloso na reportagem de quatro páginas para explicar uma das chaves do “sucesso” de Assad: a rede secreta e em escala industrial de masmorras nas quais milhares de prisioneiros foram torturados e mortos.

A investigação do jornal se baseia em entrevistas feitas ao longo de sete anos com sobreviventes e familiares das vítimas; o exame de centenas de páginas de testemunhos e revisão de documentos governamentais.

Por cálculos independentes (e estamos falando de civis e não de rebeldes armados), 128 mil pessoas nunca emergiram das masmorras (morreram ou seguem presas) e 14 mil morreram vítimas de torturas.

A ditadura claro que nega os abusos e denúncias, mas memorandos recentemente descobertos comprovam que autoridades que reportam para Assad ordenaram detenções em massa e sabiam das atrocidades.