Category Archives Judaicas

As maquinações do governo de Benjamin Netanyahu para se preservar no poder e guiar Israel por um caminho errado no deserto são infindáveis. O mais recente lance foi a legislação do estado-nação. Em texto sobre os 70 anos da independência de Israel meses atrás, destaquei as críticas de Ronald Lauder, ex-aliado de Netanyahu e presidente do Congresso Judaico Mundial, sobre os rumos de Israel. Ele voltou à carga, dizendo que a legislação, além de outras medidas que fortalecem o bloco ultraortodoxo, representam uma ameaça ao futuro do povo judeu. Em um texto no New York Times, Lauder disse que a legislação “corretamente reafirma que Israel é um estado judeu, mas também fere o senso de igualdade e de inclusão para os […]

Poor United Kingdom. Procura-se um Churchill como timoneiro destas ilhas à deriva no Atlântico. No referendo de dois anos atrás, os britânicos resolveram sair da União Europeia. A cada dia que passa, fica claro que entraram em uma fria com o Brexit. Poor Teresa May, a conservadora primeira-ministra acidental que, com sua mediocridade, se mostra incapaz de comandar o país em uma encruzilhada atroz. A Grã-Bretanha não vive sua “finest hour” (para usar uma frase do gigante buldogue), mas precisamos temer por dias ainda piores. Terrível com os conservadores de Teresa May, imagine então com os trabalhistas de Jeremy Corbyn? Ele é um agitador perene, em cuja testa está escrito Ainda Vivo em 1968. Não vamos, no entanto, exagerar na […]

Israel faz 70 anos. No arco da história, é uma referência mirim. O que são 70 anos? Nunca resisto a uma citação de Chu En-lai, lugar-tenente de Mao (provavelmente apócrifa, não importa). Pediram a ele nos anos 70 uma avaliação da Revolução Francesa. Ele respondeu que era cedo para avaliar. Mas a vida de Israel é praticamente a minha vida. Nasci em 1957, quando o jovem estado era um garoto. Minha formação sionista acompanha os ritos de passagem de Israel. Entrei na Chazit, o movimento sionista, em 1964 e meu primeiro emprego remunerado foi na finada revista Shalom, em 1977, quando Israel nem completara 30 anos e eu, nem 20. Uma das minhas primeiras reportagens na Shalom foi uma entrevista […]

Eu viajei desarmado para o Marrocos, desarmado de informações nutritivas sobre o país da África do Norte. Embarquei como refém da minha filha mais nova e de minha mulher, que tanto lobby fizeram para que fosse o destino familiar nas curtas férias de fim de ano. A opção de Mr. Blinder era América do Sul (Chile) e não a África do Norte. Não me lembro de um embarque tão desinformado, para os meus parâmetros. Meu conhecimento enciclopédico sobre o Marrocos era de um país relativamente tolerante e tranquilo para os padrões do mundo árabe. Conhecia mais sobre Casablanca, o filme, do que a cidade real em si. Minha filha, no entanto, queria conhecer um país árabe, ela moça tão viajada […]

Nem tudo é frivolidade em concurso de miss. Em 13 de novembro, no concurso de Miss Universo em Las Vegas, a Miss Iraque, Sarah Eedan, decidiu posar num selfie com a Miss Israel, Adar Gandelsman. Que horror. Agora são as informações de que a família da miss iraquiana fugiu do país após ter recebido ameaças de morte. E de pensar que as duas moças nobremente imaginavam que estavam ajudando a romper barreiras diplomáticas, o ódio e o preconceito.

Recruta Blinder sempre bate continência e deixa seu posto avançado nas bandas do rio Hudson em Nova York e retorna à base quando convocado pelo comando da comunidade judaica brasileira. Assim que meu amigo Fernando Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), me convidou para participar da convenção em São Paulo em novembro, eu topei sem pestanejar. E nem sabia qual seria a missão do recruta Blinder. E imaginem minha satisfação quando eu soube que minha responsabilidade seria entrevistar no “palco” David Harris, diretor executivo do American Jewish Committee, um dos judeus mais influentes dos EUA e, por tabela, do mundo. Influente nem dá para começar para dar a dimensão de quem é Harris. Qualquer press release sobre ele […]

Israel sempre é um assunto polêmico e nunca tenho fadiga dele, pois meu sionismo é incansável. Por boa parte de minha vida profissional, enfrentei antissemitas disfarçados de antissionistas. E por boa parte desta boa parte de minha carreira, o duelo foi com a esquerda. Hoje em dia há uma inversão quando o papo é Israel. O duelo acontece mais com uma direita chucra (no caso de brasileiros, seguidores de Bolsonaro ou de tantos bispos evangélicos da vida) ou ferozes militantes do sionismo ultranacionalista. Esta gente que me ataca e me insulta de “judeu traidor”, muitas vezes não tem noção de batalhas passadas. Então, aqui vai uma amostra quando publiquei em 19 de maio de 2008 um texto no Portal IG […]

Tudo é explosivo no assunto norte-coreano. Naquele hospício nuclear, este sábado, 15 de abril, é um dia especial: data de nascimento de Kim Il Sung, fundador do país, que entre seus atributos é uma monarquia comunista, pois no poder está o neto Kim Jong-un, um degenerado. Por lá, as coisas pioram de geração a geração no comando cruel, caprichoso e catastrófico. Os fogos de artifício da celebração do aniversário do vovô poderão ser muito peculiares: um teste nuclear. Isto quando uma armada norte-americana se dirige para a região e o presidente Donald Trump está ouriçado depois do sucesso que foi o seu lançamento de mísseis contra a Siria por seu uso de armas químicas contra civis. Aliás, o primeiro-ministro japonês […]

Em texto publicado no mês passado, eu poderia ter cometido um erro sério se tivesse feito uma associação direita entre a onda de ameaças contra entidades judaicas nos EUA e o “clima” da era Trump. De qualquer forma, já cometi um deslize ao meramente fazer a sugestão. Sei que não fui tão irresponsável nesta fase em que pipocam as fake news e análises instântaneas no Twitter. No entanto, é importante assumir responsabilidade pelo o que escrevemos e não ignorar os fatos. E eles estão aí. Foram surpreendentes.  E de pensar que a premonição de Trump não foi absurda desta vez. Em um coletiva de imprensa em fevereiro, o presidente disse algo inusitado até para os seus padrões. Trump previu que […]

São tempos inquietos para a comunidade judaica americana. Tempos de vandalismo em cemitérios, tempos de ameaças de bomba contra dezenas de centro comunitários e tempos de decidir o que fazer em relação a Donald Trump. Para o grosso da comunidade, não existe dilema. Existe a mobilizacão contra o antissemitismo e contra o governo Trump, que levou um tempo desgraçado para publicamente denunciar categoricamente, embora com clichês de político, o ódio ao povo judeu. A preferência do presidente sempre foi se escudar contra as acusações de seu próprio antissemitismo (que eu não endosso) ou de estimular supremacistas brancos, alegando ter um genro judeu, uma filha convertida ao judaísmo e netos judeus. É a tal história venenosa de que quando um sujeito […]

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