Para quem quiser saber detalhes da marcha do silêncio em Buenos Aires, uma dica é o blog do sempre presente jornal espanhol El País. A marcha marca um mês da morte do promotor Alberto Nisman em circunstâncias nebulosas. É o maior desafio já enfrentado pela presidente Cristina Kirchner, acusada de acobertar o suposto envolvimento iraniano, em troca de benefícios comerciais para a Argentina, no atentado contra o centro comunitário judaico em 1994, que deixou 85 mortos. Quarta-feiras de cinzas, de chuva e contra a impunidade em Buenos Aires no 18F. *** Colher de chá para os marchadores.

El Instituto Blinder & Blainder gosta de convocar o jornalista argentino Carlos Pagni para palpitar periodicamente sobre assuntos latino-americanos. Neste 18 de fevereiro, um mês da morte do promotor argentino Alberto Nisman em circunstâncias nebulosas, a contribuição de Pagni é valiosa. Seu texto foi publicado na edição em português do jornal espanhol El Pais. *** Carlos Pagni Na sexta-feira passada, o promotor argentino Gerardo Pollicita pediu que Cristina Kirchner seja transformada em ré, como resultado da denúncia que o seu colega Alberto Nisman formulou contra ela quatro dias antes de um tiro na cabeça lhe tirar a vida. Pollicita alegou ao juiz Daniel Rafecas que há razões para investigar se a presidenta, o chanceler Héctor Timerman e o deputado Andrés […]

Nesta quarta-feira de cinzas, quando se completa um mês da morte do promotor argentino Alberto Nisman em circunstâncias nebulosas, uma marcha silenciosa será realizada em Buenos Aires. Manifestações de apoio também estão previstas em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. Nisman acusara a presidente Cristina Kirchner e vários assessores de acobertar, em troca de acordos comerciais, o suposto envolvimento iraniano no atentado contra o centro comunitário judaico em Buenos Aires em 1994, que deixou 85 mortes. Para mim e para muitos, Nisman pode ser listado com a vítima número 86. Agora, um novo promotor, Gerardo Pollicita, leva adiante as acusações de Nisman. No mínimo, desejo que ele tenha uma longa vida. De Nova York, a jornalista argentina Jasmine Garsd acompanha […]

Parece que se tornou uma tradição sabática na coluna texto em português do El País. Boa leitura deste editorial do jornal espanhol. *** El País A presidenta argentina, Cristina Kirchner, deve entender que o escândalo criado pela morte do promotor Alberto Nisman – que acusava o Governo de encobrir a responsabilidade do Irã no atentado antissemita contra a AMIA em 1994 – não é um evento a mais na política interna argentina: é muito profundo e já repercute internacionalmente. E é urgente que o Governo que ela dirige mostre uma linha clara para esclarecer tanto o caso Nisman quanto a pior ação terrorista em solo argentino, ocorrida há 20 anos. Não ajuda para a criação de um clima de serenidade que, […]

Transcrevo nota da coluna do meu amigo e mestre Carlos Brickmann: Na cobertura do caso do promotor federal argentino Alberto Nisman, que investigava os atentados que há vinte anos mataram 114 pessoas em Buenos Aires, foi várias vezes divulgado que ele seria cremado no cemitério judaico. Falha de informação: em cemitérios judaicos não há cremação. E, efetivamente, Alberto Nisman foi enterrado – perto das vítimas do atentado, longe da área destinada aos suicidas. Para as autoridades religiosas, a tese do suicídio do promotor está afastada. É o mesmo que aconteceu no Brasil, no caso do assassínio de Vladimir Herzog: a posição das autoridades religiosas foi de firme negativa das teses de interesse dos governantes. *** Colher de chá para o […]