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A pergunta do título é de Juan Arias, cadeira cativa na coluna e que escreve no jornal espanhol El País. O espaço sabático é dado com frequência a este arguto e didático observador da cena brasileira, que confunde tanto a esquerda como a direita. No entanto, neste final de semana, preferi adiar a pensata do Arias para o espaço domingueiro, pois o sábado pertenceu ao papa Francisco em Cuba. Boa leitura. *** Juan Arias Em meio ao redemoinho da crise que o país atravessa, é possível vislumbrar algo que parece ser novo e poderia marcar as próximas décadas: o Brasil está começando a deixar de caminhar para a esquerda e sente uma certa fascinação por valores mais liberais e conservadores, […]

O Brasil atravessa suas tormentas e não é nenhum consolo que a semana tenha sido de chuvas e trovoadas nos mercados globais. Tampouco tomar nota do clima de desolação nas vizinhanças. No entanto,  é bom saber que o Brasil não é uma ilha. Neste espaço sabático, a navegação fica sob o comando do jornalista argentino Carlos Pagni, figura familiar na coluna. Boa leitura! *** Carlos Pagni A desaceleração chinesa, a queda nos preços das matérias-primas e a perspectiva de uma alta na taxa de juros dos Estados Unidos estão reconfigurando a economia latino-americana. À medida em que a onda de bonança se afasta, afloram as fragilidades de políticas apoiadas em subsídios. Os Estados ajustam suas contas; os governos, seu discurso. […]

Para os desavisados, a manchete acima não se refere a índices de rejeição da presidente. Está aí a pesquisa CNT-MDA estampando 70,9%. E 60% dos brasileiros são favor do impeachment de Dilma Rousseff. Os avisados sabem do monitoramento que o Instituto Blinder & Blainder faz dos relatórios da empresa de consultoria americana Eurasia, uma referência para investidores e analistas. Apesar do agravamento da “crisezinha” (expressão do vice-presidente Michel Temer), a Eurasia mantém em 30% a probabilidade de impeachment de Dilma. Vale relembrar que nos critérios da Eurasia, esta é uma probabilidade alta e a consultoria levou um tempão para o ugrade de 20% para 30%. Na sua análise, a Eurasia destaca que a remoção da rainha Dilma I do cargo […]

Pouco a acrescentar à criatividade da capa da edição corrente de VEJA. Infelizmente a criatividade jornalística foi estimulada por fatos sensacionais e escrabrosos. Na tradição sensacionalista dos tabloides ingleses, VEJA comete a ironia: o escândalo do conteúdo brasileiro libera o escândalo na forma. Minha coluna de sábado destacou a capa da edição corrente da Economist. A venerável revista britânica, como eu escrevi, já teve sacadas melhores nas invencionices. Com esta capa, VEJA deu conta do recado no quesito criatividade. Fico feliz.  Pena que os fatos sejam infelizes.

Não era o plano do Instituto Blinder & Blainder trazer tanto Brasil na coluna e nem estamos ainda no agosto agourento. Já basta o mundo aqui fora com seus Irãs e Grécias. No entanto, a urgência do momento exige mais presença brasileira na coluna, O enfoque aqui é trazer a visão de fora. Meus colegas da consultoria de risco Eurasia, no seu último relatório, mantiveram em 30% a chance de Dilma Rousseff não terminar o mandato. No entanto, tomaram nota do agravamento das crises (econômica, política e institucional). E por que não um pouco mais do cadeira cativa Juan Arias, do jornal espanhol El País, no sabático vespertino? Boa leitura (e relativamente pequena), apesar de tanta má notícia. *** Juan Arias […]

Juan Arias, do jornal espanhol El País, ocupa o espaço sabático com um dos seus textos mais cristalinos desde que se tornou cadeira cativa na coluna. Pessoalmente, ficarei ligeiramente indignado se alguns gaiatos tiverem a ousadia de acusar o cordato Arias de estar a serviço de alguma trama golpista. O texto do jornalista espanhol é um golpe contra a farsa e os mitos de um regime acuado, além de um recado para a oposição. Boa leitura! *** Juan Arias O Brasil não é a Venezuela nem tampouco a Grécia, embora haja analistas políticos que alertem para a fragilização da democracia do país. Não existem, de fato, democracias para sempre. Elas são conquistadas a cada dia. Um dos pilares que ajudou […]

O que é pouco dura pouco. Leitores leais da coluna acompanharam a série Dilma 20%. Como alertei no começo, não é pagamento de comissão ou, no jargão mais recente, pixuleco para a presidente. Trata-se da probabilidade de Dilma Rousseff não terminar o mandato, nos cáculos da consultoria de risco Eurasia. No Brasil desgovernado, mudança de rumo. A Eurasia acaba de reajustar a probabilidade para 30%. A gente competente da Eurasia sofre todo tipo de ataque especulativo. Quando seus gurus cravaram os 20%, alguns leitores fulminaram que a consultoria é mansa, até chapa branca. Agora que eles elevaram a probabilidade, quem sabe apareça leitor achando que a Eurasia aderiu ao tsunami golpista. Conforme o relatório da Eurasia, a especulação sobre a […]

A vantagem de acompanhar declarações da presidente Dilma Rousseff pela CNN é escutar a tradução em inglês, o que machuca menos o ouvido do que o original em dilmês. Agora no começo da tarde, diante da imprensa, ao lado de Barack Obama, na Casa Branca, a presidente despejou um monte de cifras em dilmês sobre perspectivas comerciais de investimentos americanos no Brasil, além da defesa habitual da lisura do seu governo. A historiadora especialista em Inconfidência Mineira disse que este negócio de delação é um “tanto Idade Média”. Obama, é claro, falou em charmês e foi bom anfitrião para quem estava ali na sua casa, ressaltando inclusive os sacrifícios pessoais da presidente (tradução: tortura) na luta contra a ditadura militar. […]

Barack Obama e Dilma Rousseff jantam nesta segunda-feira na Casa Branca e na terça-feira haverá reunião de trabalho. Ótimo jantar e bons negócios. Falo isso sabendo de todas as dificuldades objetivas, do desconforto que este governo da República do Pixuleco significa para mim pessoalmente e com o noticiário sobre o Brasil mais para página policial do que de geopolítica ou de negócios. No entanto, torço pelo Brasil. Espero que nesta ofensiva desesperada, o governo consiga atrair investimentos estrangeiros e de fato recalibre seus laços com o parceiro tradicional. Eu quero o Brasil no lado certo da história, sem discurseira antiamericana chulé. Eu quero o Brasil integrado com os setores de ponta da economia global. Tudo bem exportar commodities para a […]

Dilma Rousseff está nos EUA, aqui em Nova York. Ela embarcou sábado com atraso, pois precisou ter uma reunião de emergência lá na República do Pixuleco, envolvendo algumas questões de financiamento de campanha eleitoral. Na verdade, a viagem é realizada com atraso, pois a presidente estava indignada com as revelações de que era espionada pelos ianques e cancelou a visita de estado programada para outubro de 2013. Bons tempos aqueles para a presidente da República do Pixuleco. Hoje seu governo está em estado comatoso. Nada contra as razões de estado para a viagem, o esforço para dar uma recalibrada nas relações com os EUA e o encontro na Casa Branca com Barack Obama, mas sabemos que depois do cancelamento em […]

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