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Na minha coluna passada, eu trouxe o texto de David Brooks sobre a agonia de escolher entre Trump e Elizabeth Warren (uma clássica Escolha de Sofia). Compartilhei o texto, pois compartilho a aflição de Brooks, que na encruzilhada pega a rota de Warren (melhor uma má opção do que uma opção suicida). Obviamente, brasileiros calejados sabem destas escolhas de Sofia e viveram a aflição no voto de 2018 (Bolsonaro x Haddad). Não vou abrasileirar muito o papo (será inevitável aqui), mas quero deixar claro um ponto: Trump é muito pior e bem mais perigoso do que Bolsonaro. Falo isso por duas razões óbvias: no caso americano, já temos mais de 1000 dias de “gestão” (oy vey) e Trump está à […]

Eu fiz uma experiência nos últimos dias, embora não precisasse dos resultados para confirmar a hipótese. Publiquei, é verdade, alguns textos sobre o crise do impeachment Trump, mas também material sobre a tragédia curda e o jogo NBA x China. Os dois últimos assuntos foram praticamente tratados com indiferença quando republicados nas minhas redes sociais (Twitter e Facebook). No sábado, publiquei o texto Pau Mandado, sobre a macaquice de Eduardo McBolsonaro de se esfregar na bandeira, como o Líder Supremo Trump, num convescote conservador no Brasil. Houve muito mais repercussão entre as hostes dos dois líderes supremos, o máxi e o mini (Trump e Trumpiniquim). Houve gente a meu favor, mas em geral fui alvo de críticas e dos xingamentos […]

O presidente Bolsonaro se orgulha dos seus amigos do peito Trump e Netanyahu. E seguramente, como tiete de Pinochet, não se incomoda se é agrupado ao ditador egípcio Sisi e ao príncipe esquartejador saudita Mohammed bin Salman. Quem colocou Bolsonaro nesta confraria foi Ruchir Sharma, um dos mais influentes  estrategistas financeiros do mundo (trabalha para o grupo Morgan Stanley) num texto publicado na segunda-feira no New York Times. O sugestivo nome do texto é “Wall Street Loves Strongmen”. A premissa é que os mercados tendem a gostar de autocratas se eles produzem crescimento econômico. “Markets are amoral”, escreve Sharma, com conhecimento de causa. Aqui o texto. Bolsonaro não se incomoda com a equiparação, mas eu e bastante. Em primeiro lugar, […]

A polêmica teve o desfecho na sexta-feira quando o governo Bolsonaro decidiu cancelar a ida do presidente para receber o prêmio em Nova York em 14 de maio, curvando-se a pressões e a desistências de patrocinadores. Havia até o risco de que o terceiro local escolhido para o rega-bofe (um hotel em Times Square) desse para trás. Meu texto original sobre a celeuma, publicado em 13 de abril, segue pertinente: *** Natural a campanha contra Bolsonaro ser homenageado em maio em Nova York, no Museu de História Natural. Não é o habitat para um presidente que se lixa para o meio ambiente e quer passar um trator em cima dele em nome do desenvolvimento. Natural a campanha de acadêmicos, funcionários […]

Eu jamais vou questionar a simpatia de Jair Bolsonaro pelo povo judeu e por Israel (e sendo cândido, nem sempre podemos escolher os parceiros). Mas, de novo, o disparate presidencial foi inquestionável ao repetir a sandice da burritsia que lhe dá verniz intelectual de que o nazismo é de esquerda. E isso no Yad Vashem, o Centro de Memória do Holocausto, em Jerusalém. A não ser que se acredite em alguma teoria conspiratória de que a intelligentsia judaica que conta a história do Holocausto esteja a soldo de George Soros, esta é a identificação cristalina do nazismo feita pelo Yad Vashem: O nazismo surgiu de uma “frustração com as consequências da derrota alemã na Primeira Guerra Mundial, que, somada justamente com […]

Claro que a repercussão do encontro de Bolsonaro com Trump foi muito maior no Brasil do que nos EUA. E por aqui, a ênfase foi mais intensa nas afinidades pessoais entre os dois do que no jogo de substância de quem ganhou mais no troca-troca. Nos EUA, Bolsonaro é. visto como um Trump Tropical (o presidente americano gosta da analogia). O site Axios tacou a manchete acima (Gêmeo Tropical) e o New York Times disse que o narcisista Trump adorou Bolsonaro, pois o presidente brasileiro se espelha nele. Há observações sobre a miopia diplomática que é um líder estrangeiro se posicionar a favor da reeleição de um presidente americano. Nesta, Bolsonaro está na companhia de Benjamin Netanyahu (os três se […]

Eu estou completando 30 anos de vivência ininterrupta nos EUA. Neste período, o único presidente brasileiro que não me deixou envergonhado ou constrangido foi Fernando Henrique Cardoso. Nesta semana do carnaval, Jair Bolsonaro deu um banho (mano a mano com Dilma) com seu golden shower e otras cositas más.  Na imprensa e nas redes sociais no mundo, o Presidente da República foi saudado com chacotas e incredulidade. E Jair vem aí. Dentro de poucos dias, ele estará em Washington para se encontrar com o líder supremo. De antemão, estou um pouco aliviado no quesito decoro. No pau a pau entre America First e Brazil First, Laranjão será imbatível.

De norte a sul, presidentes cometem atentados ao decoro e ao pudor. Sempre perigoso meramente metralhar com indignação as tuitadas presidenciais. Sempre perigoso meramente fazer piada de patetices presidenciais. O nosso presidente foi sensação global nos estertores do carnaval, travando sua guerra cultural (sempre sua preferência) contra a libidinagem, na verdade contra o povo brasileiro em nome do seu povo. Já me esbaldei no Twitter sobre o affair golden shower: Mr. Trump pode dar a resposta curta e grossa a Bolsonaro na reunião bilateral do dia 19. Será um banho de informação. Bolsonaro foi educacional. Com sua mentalidade de segunda série, o Presidente da República atiçou a curiosidade dos alunos da segunda série sobre o que é o golden shower. Eu […]

A crise da Venezuela é excruciante. Minhas posições sobre o crime hediondo que é o chavismo são conhecidas de longa data. Isso não impede tantos seguidores da seita Bolsonaro/Olavete de escreverem comentários estúpidos e ignorantes sobre meus tuítes e colunas referentes ao que se passa na Venezuela. Na época do lulopetismo, também aturei idiotices dos seguidores da seita (uma seita, aliás, cúmplice dos crimes chavistas). Não vou perder tempo em reiterar meu posicionamento sobre a Venezuela. Os preguiçosos que pesquisem. Já os incautos continuarão incautos. Meu amigo e colega Diogo Mainardi escreveu a respeito da equivalência no culto de personalidade entre tantos seguidores de Lula e de Bolsonaro em sua mais recente coluna na revista Crusoé, sobre a estupidez de […]

Jair Bolsonaro foi convocado para ser a estrela de Davos, o convescote das elites globais. Ele subiu nos Alpes, baixou num bandejão de supermercado e fez um discurso de 6 minutos e meio na terça-feira. Algo mais? Discurso anódino sobre um Brasil sob nova direção, aberto para negócios e investimentos estrangeiros. Jornal dos negócios do Brasil, o Valor, deu em manchete que o discurso “surpreendeu pela superficialidade”. O Financial Times observou que foi uma “breve e cuidadosamente controlada” aparição. Nada de choque, nada de comoção, uma tépida estreia no palco global. Como estrela, uma decepção.

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