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Pô, mano, você só fala mal do Brasil, nada de positivo para apresentar? Talvez esta pesquisa de opinião pública Ipsos recém-divulgada, supostamente alentada, não impressione negativamente tanto assim. No topo da lista das populações estimando que seus países estejam em declínio, o Brasil medalha de ouro está na companhia de alguns suspeitos habituais: até a autoestima argentina não dá mais conta da realidade. Chato ver países latino-americanos que pareciam tão promissores como Chile e Colômbia no Top 5. A África do Sul não surpreende. Indo para baixo da lista, ou melhor dizendo, para cima, veja as populações mais satisfeitas: Austrália, Coreia do Sul, Alemanha, Grã-Bretanha e México (si, México!!!). Entre os 25 estudados, são os cinco vistos com menor declínio. […]

Da parte dele, o uso do verbo não surpreende.Quanto aos demais brasileiro, é inconcebível que votem neste sujeito com seu rastro de sangue, merda e bandidagem. O Brasil não pode repetir a cagada em 2022.

Uma charge vale mais do que mil editoriais indignados

Sim, hoje seria lavada de Lula (com pesquisa mostrando o ex-presidente beirando os 50% e risco de triunfo no primeiro turno). Pudera, veja quem está do outro lado lado: um miliciano trambiqueiro, sociopata, indiferente a uma pandemia e a mazelas humanas. O bicho é predador de crianças, misógino e boçal. Agora é esperar e trabalhar para que a vacina contra o vírus Bolsonaro não seja Lulaxin no remoto outubro de 2022.

A piada é boa, embora a charge nem tanto,  mas falando sério, cuidado com as equivalências. Simplesmente imperdoável marchar por Bolsonaro. Muito pior.

John Prideaux, jornalista da Economist, já foi correspondente no Brasil. Hoje é editor de EUA da revista. Acaba de publicar uma newsletter saborosa (embora muito salgada). Ele incentiva os leitores da revista a lerem o material especial na atual edição sobre mais uma década perdida para o Brasil (abismal, o termo na capa, significa tenebroso). Prideaux está focado nas comparações entre Brasil e EUA e lembra a frase clássica de Tom Jobim de que morar no exterior é bom, mas é uma merda, enquanto morar no Brasil é uma merda, mas é b0m. Claro que poucos de nós já tiveram ou têm o privilégio (ou infortúnio) das duas experiências, mas está difícil concordar com Tom Jobim. Sem maiores comparações, fica […]

E então, Dona Economista, quando é que o Cristo Redentor decola outra vez?

Eu sei vagamente quem é Guillerme Boulos. Ele veio ao Manhattan Connection e me surpreendeu pela educação e até toques de humor. Boulos impressionou a revista Time, que o colocou junto com a Anitta (esta conheço ainda menos) como os únicos brasileiros entre as lideranças emergentes no mundo. Boulos me impressionou pelas boas maneiras, mas não por sua arenga. Fiz pergunta direta e ele se recusou a reconhecer que Cuba seja uma ditadura. Boulos é melhor do que Lula? Sem dúvida. O PSOL (ridículo se dizer um Partido Socialismo e Liberdade sem repudiar a ditadura castrista) ainda não carrega a carga da corrupção do PT. Lamento que o jovem Boulos não seja o emissário para rejuvenescer a esquerda (a esquerda […]

O corpo diplomático brasileiro ainda tem Ernesto Araújo (o horror, o horror) e já teve Rubens Ricupero, hoje com sua lucidez tão amarga. O veterano diplomata está nesta reportagem do Guardian sobre o Brasil pandêmico de Bolsonaro. As citações sobre o país no exterior não são mais de luminares da bossa nova, leves como a brisa do mar. Ricupero cita Joseph Conrad sobre o Brasil que é o “coração das trevas”, o epicentro da pandemia, tratado no resto do mundo como uma colônia de leprosos.    

O capitão Jair é um subproduto e dos piores da ditadura militar. Em depoimento dado em 1993, o próprio ditador Geisel disse que o capitão era um “mau militar”. Indo mais a fundo, ele é um mau ser humano: solidário com a tortura e carente de empatia na pandemia. Na condição de seu Jair, ele nunca aderiu de corpo e alma à democracia. No regime democrático, ele não teve outra alternativa para atuar politicamente. Nenhuma surpresa que o capitão tenha um dia elogiado Hugo Chávez, que como tenente-coronel (e não capitão) tentou o primeiro golpe em 1992. Não vejo espaço para um golpe do capitão (na verdade, pode estar ocorrendo um contragolpe), mas sua cartilha é simplória, como ele. Quer […]

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