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Donald Trump é um presidente subversivo, atua contra as instituições democráticas e abusa do poder para impedir a legítima, limpa e indiscutível vitória do presidente eleito Joe Biden. O quase-presidente sabota a transição de poder. O quase ex-presidente merece outro impeachment. PS- Mitt Romney e John McCain foram os dois últimos candidatos presidenciais do ex-partido republicano que se comportaram com dignidade e espírito republicano, no sentido mais puro da expressão.

Como Trump, Nixon era uma pessoal execrável, um criminoso. Verdade que foi muito melhor como presidente e tinha visão estratégica na condução de política, tanto interna, como externa. Outra diferença essencial foi no final do poder. Havia um limite para os republicanos e assim eles forçaram a renúncia de Nixon em agosto de 1974, no escândalo Watergate. Ademais, nos dias finais, o alto comando ministerial, integrado por Kissinger (Estado), Schlesinger (Defesa) e Saxbe (Justiça), encarou o bicho para impedir ainda mais abuso de poder. Hoje, diante de Trump, estão os minúsculos sicofantas Pompeo, Miller e Barr. E o partido republicano também é minúsculo. Perfil de coragem agora é meramente constatar que Biden é presidente eleito. PS- O cartoon acima é […]

Eu deveria estar concentrado em coisas importantes como a nova onda da pandemia que assola também os EUA e os desafios diante do presidente-eleito Joe Biden, mas no entanto estamos empacados com o bode na sala. O bode, claro, é ele, que, além de não aceitar a realidade eleitoral, faz o que pode para sabotá-la, inclusive minando os pilares institucionais do país. Chegamos a tal ponto que a agência Associated Press revela que mais de duas dúzias de CEOs das maiores corporações americanas tiveram uma vídeoconferência para debater ações coletivas se a recusa de Trump para aceitar a vitória de Biden se torne uma ameaça iminente à democracia. As ações coletivas podem ser pronunciamentos públicos e pressões sobre legisladores republicanos […]

Poucas observações são mais perniciosas do que lembrar que, tirando as áreas mais populosas das costas americanas, O PT de Trumpón seria, de lavada, majoritário nos “Estados Unidos da América”. Trumpón, por este cálculo pernicioso, representa a “América real”. Califórnia e Nova York são alienígenas, assim como as áreas metropolitanas em geral. Que tal o seguinte raciocínio: a vitória do presidente-eleito Joe Biden em 3 de novembro ocorreu graças ao seu desempenho nas áreas mais vigorosas da economia americana, mais um sinal escancarado da crescente divisão econômica e cultural no país. É verdade que Biden venceu em apenas 477 dos 3.141 distritos (counties) nos EUA, mas eles representam 70% da economia americana, de acordo com estimativas do Instituto Brookings. A […]

Vamos nos restringir à fria análise política, sem desperdiçar palavras sobre o golpismo do quase ex-presidente Trumpón. Primeiro o óbvio: o trumpismo vive e os democratas ampliaram com Biden a margem de vitória no voto popular em relação a 2016. No entanto, nenhum dos dois partidos, o Partido Democrata e o PT do Trumpón, tem um claro caminho adiante. Ilusão democrata concluir que o país deu uma virada para a esquerda. Basta ver o proveito eleitoral que Trumpón e acólitos tiraram com slogans mentirosos sobre Biden socialista e a favor de menos verbas para a polícia.  A mentira surtiu efeito. Também ficou claro o excesso da política de identidade. O caso mais flagrante é dos latinos. Existem votos latinos e […]

Biden fala em cicatrização, mas a ferida pestilenta está aí. Trump sendo Trump, não sabemos até onde ele é capaz de ir com sua escrotidão. Espero que ele se acalme, caia na real e assim permita que os EUA se concentrem na transição de poder. Eu estou pronto para cicatrizar e espero falar cada vez menos de Trump nesta coluneta. Não me vejo obviamente falando tanto de Biden como de Trump pela simples razão da normalidade (até entendiante) do presidente-eleito. Mas, neste 2020 aprendemos que previsão é uma arte arriscada. Como meta, jamais serei chapa branca da chapa Biden/Kamala. Claro que Biden começa com crédito: tem a personalidade ideal para a ocasião, não é Trump e está flagrante que vai encarar […]

No calor da luta, aqui vai uma coluneta confusa, alguns pitacos, algumas coisas na minha cabecinha. Lá em cima, as fotos de dois gigantes que “lá em cima” estão muito felizes com o desfecho eleitoral: John Lewis, o ex-deputado da Geórgia e ícone da luta pelos direitos civis. Deve estar cantarolando Ray Charles (Georgia on my Mind). E, é claro, John McCain, que era capaz de xingar e tirar sarro como um marinheiro (era Navy, como o pai e avô, almirantes). Não vou me estender. Havia ódio mútuo entre Trump e McCain. McCain era um patriota e, com a ajuda da viúva Cindy, o Arizona foi para Biden (sei que existem algumas indefinições, mas vou considerar aqui que Geórgia e […]

Não conferi o título para esta coluna com leveza. Meu sentimento é pesado. Esqueça sua preferência eleitoral e se concentre no fato, sim, no fato: Donald Trump sempre foi persistente desde sua primeira campanha eleitoral para desacreditar o processo eleitoral na democracia americana. No caso dele, perder só pode ser devido à fraude ou a algum mirabolante jogo de cartas marcadas. E o que Trump quer fazer agora? Direcionar a eleição para o pior desfecho democrático, no qual juízes da Corte Suprema por ele nomeados devem intervir para atropelar a vontade dos eleitores. Talvez eu seja ingênuo por acreditar nas instituições, vigorosas, mas creio que os juízes não querem se enfiar nesta enrascada. Afinal, eles estão preocupados com sua própria […]

Não houve a catarse com a capitulação do trumpismo. Perca ou ganhe, Trump emerge como a figura mais poderosa na história do GOP, o ex-Grand Old Party. O partido morreu, definitivamente viva o trumpismo. O presidente desafiou as expectativas sobre seus desempenho e como a eleição foi um referendo sobre ele merece o crédito pelo resto: tudo indica que o trumpismo não apenas deve segurar a maioria no Senado como expandir seu capital minoritário na Câmara. Antes da eleição, Trump tinha um controle messiânico na base, agora ele posa de profeta que dissipou as projeções apocalípticas sobre o seu futuro e de seus acólitos. As mentiras e as fábulas serão mais intensas e ultrajantes. De cara, o todo-poderoso fará de […]

As pesquisas decepcionaram e Biden também. No final das contas, se a Corte Suprema não melar o jogo aos 44 minutos do segundo tempo, ele deve ter mais delegados no Colégio Eleitoral, mas a sensação claro que é de derrota política e moral. A eleição não representou o repúdio do trumpismo. Trump tem metade do país do lado dele. Ironicamente este caudilho que trata os Estados Unidos da América como a Banânia do Norte teve votos acima das contas de latinos. É isso aí; eles gostam do caudilho, do homem-forte. A base vociferante acredita no líder supremo e vejo no meu Twitter que este pessoal acredita nos seus tuítes e falatório conspiratórios: existe fraude para emplacar Biden. O cenário é […]

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